5dez 2022
06:30 UTC
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(Des)territorializando o Círculo Mágico: Subjetividade gamer e transperiferia em um bairro do Rio de Janeiro

O projeto parte da pergunta: como a subjetividade gamer é construída linguisticamente dentro das relações cotidianas? Como resposta a este questionamento, proponho a análise dos encontros entre as várias vozes que ocorrem nas narrativas de experiência com tecnologias. Por uma perspectiva crítica, essas biografias podem informar sobre os usos socioculturais dos jogos digitais. Estes usos o resultado da utilização das tecnologias como mediadoras de relações das mais diversas. Diferentes jogadores terão experiências distintas com diferentes jogos. A subjetividade gamer, aqui entendida como um processo, é resultado destas experiências com mídias nos mais diversos espaços. Presto maior atenção a esses espaços que enquadram e posicionam a subjetividade, dialogando com as perspectivas da sociolinguística da globalização. Em consonância com a perspectiva da Linguística Aplicada, escolho o paradigma de pesquisa qualitativo-interpretativista, que se foca em entender os fenômenos estudados por uma perspectiva intersubjetiva. A pesquisa é dividida em três etapas: é primeiramente construída a biografia do pesquisador. Depois, serão conduzidas entrevistas com os participantes, para construir suas biografias. Finalmente, será conduzida uma etnografia de ambientes virtuais frequentados pelos participantes. Cooperando para a diminuição da lacuna nos estudos sobre linguagem e games, minha pesquisa estuda os discursos no terceiro espaço entre digital e analógico criado pelos games, uma mídia que movimenta um capital enorme no mundo afora, enquanto atrai mais interesse no Brasil.